Desafios do Agro: Como transportadoras podem contribuir na Super Safra

14 de dez

O Brasil, um gigante na produção agrícola, enfrenta um paradoxo crítico: enquanto a produção vai cada vez mais longe, a cadeia de suprimentos necessária para sustentar esse desenvolvimento tropeça em obstáculos significativos. Congestionamentos, atrasos e desperdício na safra estão ficando mais constantes, afetando a qualidade dos produtos e custos.

Esta situação não afeta apenas o setor de cultivo, mas reverbera por toda a economia, impactando desde produtores até consumidores finais. A questão se torna evidente: como podemos alinhar o avanço da produção agrícola com uma logística que evolua no mesmo ritmo?

Vamos mergulhar nos desafios que este setor enfrenta e descobrir soluções juntos.

Quando o Crescimento colide com a Infraestrutura

A supersafra de grãos de 2022 e 2023, projetada pela Conab em 316 milhões de toneladas – quando era esperado esse valor apenas para 2028 – é um testemunho da capacidade extraordinária do agronegócio do nosso país. Mas, com essa explosão de produção, encontramos desafios críticos: estocagem insuficiente, escoamento lento e complicações na distribuição.

Considerando que muitos produtos agrícolas têm um período limitado de tempo pós-colheita para serem transportados antes que comecem a se deteriorar, é preciso olhar com atenção para os locais de processamento, armazenamento e exportação de grãos e outros insumos das áreas de cultivo.

Como evitar os problemas na cadeia de suprimentos e acompanhar essa situação com uma infraestrutura que não fique presa no passado é uma questão que reflete em toda a operação, como veremos daqui para frente. 

O Quebra-Cabeça da Armazenagem

Esse cenário torna crucial não só transportar rapidamente os produtos das fazendas para evitar perdas, como também encontrar locais adequados para estocá-los antes da distribuição.

Comparado a outros grandes países produtores, o Brasil ainda luta para expandir e modernizar suas instalações de armazenamento, principalmente de grãos. Essa insuficiência exige um escoamento eficiente e imediato após a colheita, aumentando a demanda por um transporte rodoviário sobrecarregado.

O impacto é sentido em toda a cadeia logística: pressões constantes de tempo e espaço se intensificam, transformando cada demora na armazenagem em um obstáculo crítico para a distribuição e comercialização dos produtos. 

Assim, otimizar o transporte não é apenas uma opção, mas uma solução necessária para evitar que a situação se agrave.

Entre Eficiência e Obstáculos

Um transporte prático é fundamental para amenizar os efeitos da limitada capacidade de estocagem, facilitando o rápido escoamento de grãos das fazendas até os centros de distribuição ou portos.

Porém, um outro conflito se apresenta: o Brasil investe apenas entre 0,4% a 0,6% do seu PIB em transporte, um valor bem inferior ao de países como China e Estados Unidos, que investem mais de 2%, por exemplo.

Essa disparidade nos investimentos reflete na competitividade do Brasil no cenário global, já que cada atraso por condições ruins no transporte não só compromete a qualidade e a quantidade dos grãos transportados, mas também eleva os gastos em toda cadeia produtiva.

Investir na malha rodoviária não é apenas uma questão de infraestrutura; é um investimento direto na eficiência do agronegócio. 

No entanto, para que o transporte rodoviário se torne uma solução efetiva, é essencial aumentar os investimentos, superando os problemas relacionados à manutenção de estradas e à qualidade da infraestrutura rodoviária.

Recursos de Transporte

A escassez tanto de caminhões quanto de profissionais qualificados para operá-los pode ser um problema adicional. Isso porque essa falta não só reflete na agilidade do transporte, mas também contribui para elevar os custos logísticos. A falta de veículos adequados e de motoristas experientes e capacitados agrava os atrasos, compromete a qualidade do transporte e restringe a capacidade do Brasil de atender às demandas de mercado interno e externo.

Além disso, muitos dos recursos de transporte disponíveis ainda não são integrados digitalmente, o que impacta negativamente tanto aos custos operacionais quanto ao meio ambiente. 

A modernização e inovação se fazem mais necessárias do que nunca e a disposição de frota de caminhões e tecnologias adequadas surge como um passo fundamental para acelerar a logística.

Novos Caminhos para o Futuro do setor

Vimos que o agro brasileiro está em uma corrida contra o tempo. Superar os desafios logísticos não é apenas crucial para uma super safra ou outra, mas também representa uma oportunidade única de transformação e inovação efetiva.

A modernização das instalações de armazenamento pode aliviar a carga sobre o transporte rodoviário, e a consequente expansão e melhoria da infraestrutura de transporte podem influenciar em toda a cadeia de suprimentos.

Com investimentos estratégicos em infra e a adoção de digitalização logística – como as implementadas por transportadoras digitais, podemos pavimentar o caminho para um setor mais competitivo em escala global.

Veja mais em Transportadoras Digitais: O que são e como estão impulsionando a logística brasileira?

Ao oferecer agilidade no transporte rodoviário, uma transportadora digital não apenas contribui para preencher a lacuna existente de veículos e profissionais, mas também traz modernidade e fluidez nessa cadeia tão complexa. 

A utilização de tecnologias avançadas e a implementação de soluções integradas permitem que transportadoras mais modernas como a Motz otimizem as operações de embarcadoras e transportadoras agrícolas, reduzindo os atrasos e minimizando os custos em várias escalas. 

Essa abordagem inovadora pode ser uma chave para solucionar muitos problemas logísticos, abrindo caminho para maior eficiência, sustentabilidade e fortalecimento do agro do amanhã.